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117 artigos na categoria
Portugal
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O corpo estesiológico: para uma tópica erótica em Maurice Merlau-Ponty (Ensaio)

O corpo estesiológico: para uma tópica erótica em Maurice Merleau-Ponty (com António Ramos Rosa de permeio) _______________________________________________________ luís filipe pereira * “[…] Du Logos à l´Eros, dont lúnion préside au passage d´un monde présent aux mondes possibles” A.-T. Tymieniecka (1972, 13) Pretendo reflectir, de modo necessariamente sucinto, acerca da função e estatuto da erotização da […]

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O meu corpo humano de Maria do Rosário Pedreira (Recensão)

O meu corpo humano, Maria do Rosário Pedreira, Ed. Quetzal, 2022 O corpo é simplesmente uma alma. Uma alma enrugada, gordurosa ou seca, peluda ou calosa, áspera, flexível, estalejante, graciosa, (…) coberta de organdi ou camuflada em cáqui, multicor, coberta de graxa, de chagas, de verrugas. É uma alma em acordeão, em trompete, em ventre […]

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Avenida da Liberdade (Conto)

AVENIDA DA LIBERDADE -E tu, como te chamas? -Eu? -Sim, como te chamas? -Avenida da Liberdade. -Mas isso é um lugar. Tu, como te chamas? – Avenida da Liberdade! – És um lugar? -Está ali escrito, não vês? “Avenida da Liberdade”. -Sim, mas tu, tu mesmo, como te chamas? Ninguém é um lugar… -Eu posso […]

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Kant: A Crítica da Razão Pura : alguns tópicos (Ensaio).

Kant, alguns tópicos: Período Pré-Crítico, Estética Transcendental,Analítica Transcendental, Dialética Transcendental, as Três Ideias daRazão (Deus, Alma, Mundo). por Victor Oliveira Mateus Marco fundamental na História da Filosofia Ocidental, Immanuel Kant(1724-1804) continua ainda hoje a suscitar posições divergentes eacaloradas quanto às diversas teorias que propôs, assim, podemosencontrar entre os que o refutam, filósofos como Graham Harman, […]

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Penas Verdes em Tempos e Ventos de Guerra (Conto)

Conto XIX – Penas Verdes em Tempos e Ventos de Guerra Na minha casa, ao fundo do quintal, há um muro cinzento que corta a vista para o quintal das traseiras da casa do vizinho. Mas a cinquenta metros para lá do muro já se consegue ver as janelas do primeiro andar, da água furtada […]

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Poemas em Prosa

Smoking Brown King Size com filtros Lx 20.09.2019 – Com o Cunha chupei um paiva a ver o Toy Story 4, e o seu cerne inquietou-me pela primeira vez desdeque vivo com estes bonecos, só porque finalmente estranhei a bizarria do polímero falante. – Fui acinzar um Marlboro na marquise e reencontrei areia velha nos […]

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Poesia Portuguesa

braço Nesse verão, passeámos nocampo e ouvimos a voz daterra contar segredos sobre nós. Não muito longe do lugaronde uma casa respirava pelachaminé como um ser vivo, achámos uma porta quase velhadeitada ao chão, fechada para odeslumbramento da manhã. Eu quis ir ver o que escondia, mas tudisseste que devíamos deixar opassado atrás da porta. […]

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Poesia Portuguesa

ESTUDOS MENORES EM TERRA DE POETAS [1] Mexidos andamentos cá vão no pulso do fraseiopara perdurar somente o bater daquela correntee medida voz continuando pois os tempos da quadrasão festas um coração nas gramáticas a letra mexidaa fala da gente é terra firme na viragem das quadrascerto fole de cantar trocando nas resistências porémoutra fala […]

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Literatura para Infância e Ideologia (Ensaio)

Literatura para a Infância e Ideologia É habitual nos livros destinados aos mais novos, depararmo-nos com um destinatário expresso, a criança ou o jovem, muitas vezes explicitamente definido pelo poeta ou narrador e outras vê-lo subentendido nas marcas específicas deixadas por inúmeras caraterísticas do texto, onde a adequação linguística, concretizada por vias múltiplas, adivinha um […]

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Do Tempo (Conto)

Do tempo Pedes-me que te fale do tempo, indico-te a cadeira de costura baixa da biblioteca e rogo-te que se sentes.É uma cadeira de pernas curtas que outrora serviu para os serões de costura da minha avó. Guardo ainda, na única gaveta, minúscula, um carro de linhas que hesito em usar. Sinto que o facto […]

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O Almoço  (Conto)

                                                                    O almoço O disco do fogão inflamou-se ao rubro sem que ela conseguisse de lá tirar olhos. Conseguiria tirar a mão? Pensou, não tendo coragem para mais. Uma placa negra onde a circunferência vermelha ganha vida. Cobriu-a com a frigideira onde uma colher de manteiga aguardava serena, não sabendo ao que vai, arrancada do pacote […]

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A poesia catalisadora de Albano Martins

MARTINS, Albano (2017).Pequeno Dicionário Privativoseguido de Um punhado de areia.Porto: Edições Afrontamento. Esta penúltima obra de poesia de Albano Martins (em 2019 foi editado o livro Os dados de Eros, com a chancela da Glaciar), publicada em vida, é constituída por duas secções com um total de 78 páginas: a primeira, Pequeno Dicionário Privativo, com […]

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Como culpar o vento... (Crónica)

                                             Como culpar o vento… Como culpar o vento pela desordem do cenário se, afinal, fui eu que fechei a janela do tempo?O coração ainda bate desordenadamente quando toco ao de leve nas fotografias que pendurei juntas numa das paredes do velho escritório, em cada uma delas me demoro o suficiente para recordar as carícias inventadas […]

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Poesia portuguesa

SÁBADO À TARDE Duas horas na ponteA ler um poemaDe Gória Fuertes-tenho sempre um poemaQuando há um acidente-Depois de três horasContigo à beira marA explicar-te as ondasNuma língua de areia É a eternidade. TRAVESSA DOS REMOLARES Uma ruaCom este nome:Travessa dos remolaresFaz-me pensar em muitas coisas que viE vivi de braços cruzadosA olhar de longeTraz-me […]

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Homenagem a Isabel Aguiar

A partida recente de Isabel Aguiar, que deixou muitos dos autores portugueses surpreendidos, leva agora a Revista Oresteia a publicar alguns dos seus inéditos. A Isabel tinha-nos enviado estes textos para serem publicados no Nº6 da Revista, contudo eles chegaram até nós já fora do prazo, pelo que a autora – em mail próprio – […]

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Três poemas inéditos

SEM MÁSCARA A funda respiração da poesiaalarga os pulmões, abre alamedase faz conceber a liberdade. Não percas no ar o teu poema:respira fundo e depois de fracassaresconfia ao que te cerca o que ficou. IRMÃOS HUMANOS Frères humains qui après nous vivrez(François Villon) Não sei o caminho que leva aos outros,humanos como eu, dormindo lá […]

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Só de pensar nela (Conto)

Só de pensar nela — Volta-te para mim — pediu ela. Ele girou na cama, tomando consciência do colchão duro, dos lençóis leves, do corpo pesado, o seu, subitamente desperto e consciente do outro corpo ao seu lado. — Abraça-me — pediu ela. Tinha uma voz rouca e falava muito baixo. Cheirava a animal marinho. […]

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