ESTUDOS MENORES EM TERRA DE POETAS [1]
Mexidos andamentos cá vão no pulso do fraseio
para perdurar somente o bater daquela corrente
e medida voz continuando pois os tempos da quadra
são festas um coração nas gramáticas a letra mexida
a fala da gente é terra firme na viragem das quadras
certo fole de cantar trocando nas resistências porém
outra fala por arranques e persistências incerta revelada
essa forma de curtidas cambalhotas na composição
mas um trabalhinho no mar os sonetos emprestando
faz girar o mote rolado nos andamentos logrados
e faz a velhinha frase na montagem circulando ficar
e assim o tempo todo uma coda de lances festivos
esse barco possível dito pulso colaborando nos fonemas
outra velhinha frase assim corrente querendo ficar
***
ESTUDOS MENORES EM TERRA DE POETAS [2]
Bola da variação portanto a forma assim recomeçar
outro curso tocado nos improvisados tributos do soneto
e lenta querendo percutir os dons daquela toada popular
fechada volta essa forma mudada viagem na semântica
o texto na companhia de imitados vocábulos lá vai ele
volta nova essa forma digo volta de leda toada popular
o bater então pesado daquela medida voz continuando
de mote rolado e dito nos secos fundamentos da flexão
mas vira texto na trabalhada dicção os embalos do verso
um desarranjo no léxico talvez para brincar a cantiga
por assim na letra só na letra um certo estudo defender
e na terra de contadas e mexidas caligrafias poder morar
secretamente falando e durando tantos motes a viagem
velhinha frase assim outra vez corrente querendo virar