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35 articles filed in
Ensaio
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Poesia lírica e crítica literária (ensaio)

Insônia Tenho a impressão de que desenvolvemos no Brasil uma espécie de aversão à lírica. João Cabral tem um papel relevante nisso, sem dúvida. Assim como a poesia concreta, cujo significado nunca vai muito além do procedimento. A verdade é que Cabral terminou por ser mais ou menos onipresente, nas últimas décadas. Vi tantas vezes […]

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Paraíso Perdido de John Milton: Uma Leitura

Paradise Lost, ou a estetização política da tradição  o acto de conservar, de domar o tempo num espaço fechado, encontra-se umbilicalmente ligado à projecção utópica, interior, de um passado no tempo presente, ao reconhecimento do tempo futuro como uma constante emanação da origem a partir da qual se apreende a natureza humana. Paradise Lost, de […]

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Notas sobre Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Szymborska (Ensaio)

PERGUNTA, LENTIDÃO E DIFERENÇA: Algumas notas sobre Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Wislawa Szymborska Uma poética que vai tão radicalmente ao fundo como a de Carlos Drummond de Andrade, é invariavelmente uma poética do risco, na dupla aceção da palavra, que enfrenta um perigo, mas que também o é a de um traço […]

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Homenagem a Olga Savary

OLGA SAVARY: UMA VIDA PELA POESIA   Olga Savary dedicou-se à poesia a vida inteira. Nem todos a compreendiam. Nos últimos anos, caminhou por uma vida difícil. Se muitos não a compreendiam, ela também não compreendia quase ninguém. Mas chega uma hora que o melhor é não compreender mesmo. Delicada. Principalmente delicada. Assim era a […]

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Ensaio sobre a Obra de António Gancho

O GANCHO POÉTICO QUE FERE E NOS SEGURA   «Quando desaparecer/ hei-de pedir à noite/ que me consuma com ela/ que me devaste a alma/ não quero mais/ quero desaparecer na noite/ e só de noite consumir-me» (p. 139). António Gancho (1940-2005), in O Ar da Manhã, 1995   Ele tinha umas «mãos curvas de […]

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Uma leitura de Um Tempo a Fingir de João Pinto Coelho

Uma leitura de Um Tempo a Fingir de João Pinto Coelho   Penso correta a leitura do mais recente romance de João Pinto Coelho a partir de uma grelha interpretativa alicerçada nos conceitos de: continuidade e rutura. Pelo que não julgo despiciendo aplicarmos esta dicotomia às mais diversas categorias da narrativa: narrador, tempo, espaço, intriga, […]

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Dizer outra coisa: ensaio sobre a obra de José Wong

A coletânea de poesia intitulada em português pedaços a preto e branco (ch. 黑白的拼圖, ing. bits of black and white), uma edição trilingue da Associação de Estórias de Macau, editada em março de 2021, da autoria de 夏簷 (pseudónimo), consiste numa compilação de trinta e quatro poemas originalmente escritos em chinês, vertidos para português pelo […]

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Antonio Salvado del Intimismo al Universalismo (Ensaio)

Cuando hablamos de poesía de lo irracional nos referimos no solo al misterio de la realidad que nos rodea, sino también a unas formas de la lírica tradicional, a la claridad de pensamiento y a una modalidade diferente, y casi opuesta de comunicación entre lector y artista. En el arte contemporáneo, al menos en algunos […]

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Acerca dos Haikus de Allan Ginsberg (Ensaio)

American Sentences: los haikus de Allen Ginsberg Allen Ginsberg (1926-1997) fue a la Universidad de Columbia, en Nueva York, en la década de 1940. Allí conoció e hizo amistad con Jack Kerouac, Neal Cassady y William S. Burroughs, los cuatro compartían ideas y razón estética y acabarían convirtiéndose en verdaderos iconos de la Beat Generation. […]

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Hannah Arendt: Humanidade (Ensaio)

HANNAH ARENDT: HUMANIDADE   No discurso pronunciado por Hannah Arendt na entrega do Prémio da Paz da Associação Alemã de Livreiros ao filósofo Karl Jaspers (1958), a teórica política referiu-se ao modo como o seu mestre – educador – e amigo, na esteira de Imannuel Kant, compreendera a “humanidade”: “a personalidade válida que, uma vez […]

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Texto de Apresentação de uma casa no outro lado do mundo

“Uma casa no outro lado do mundo” de Victor Oliveira Mateus       Há uma consciência vigilante, em vias de desaparecer e aparecer porque estamos em face da essência da poesia: “é uma casa com pedras de muitas cores/nela todos os dias nasço/morro/mas sempre recomeço” (“a casa”), relacionando-se, por um lado, a isotopia da casa com […]

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HIERBAS ANESTÉSICAS EN LA LITERATURA CLÁSICA

HIERBAS ANESTÉSICAS EN LA LITERATURA CLÁSICA     (…) Tenía negra la raíz y era blanca como la leche su flor, llámanla  moly  los dioses, y es muy difícil de  arrancar para un mortal; pero las deidades lo pueden todo [1] . Odisea   La literatura clásica hace mención sobre la presencia de hierbas o […]

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A problemática de Deus em José Saramago

Caim ou a natureza de deus Caim (2009), o último romance publicado em vida do autor, um pequeno volume mas singular e precioso por nele Saramago exprimir de um modo absoluto e transparente a sua visão do mundo e a sua oficina de escrita. Caim é igualmente o cúmulo da “fase da pedra”, iniciada em […]

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Ensaio sobre O Livro de Horas de Rilke

O vôo onírico de Rilke em O Livro de Horas                                                                                                                                     «Aqui está um homem que decidiu ser um                                                                                    guerreiro solitário do poema.»                                                                                                    Rainer Maria Rilke [1]              A trilogia, que constitui O Livro de Horas[2], de Rainer Maria Rilke, consolida a viagem espiritual de Rilke, a par da maturidade poética, já bem visível em […]

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Ensaio sobre a poesia italiana contemporânea

                  Addentrarsi nella poesia italiana contemporanea (2000-2020)                                               Una prospettiva insulare Sono nato nel 1993 in un’isola, la Sardegna, una terra con un’identità, una cultura e una lingua piuttosto peculiari e lontane per diversi aspetti dall’italianità. Mi colpì molto il saggio di  Károly Kerényi, intitolato Il mitologema dell’esistenza atemporale nell’antica Sardegna, in cui riprendendo alcuni miti sardi, tramandatici […]

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Um ensaio sobre a poesia de Inês Lourenço

                              SEM MUSA E SEM REDENÇÃO:                              A POESIA DE INÊS LOURENÇO                                                                                «Emudecer o afe[c]to português?                                                                               Amputar a consoante que anima                                                                                                        a vibração exa[cta]                                                                                                    do abraço, a urgência                                                                                      tá[c]til do beijo? Eu não nasci                                                                           nos Trópicos; preciso desta interna                                                                              consoante para iluminar a névoa                                                                                               do meu dile[c]to norte.»                            Inês Lourenço, in Coisas que nunca, & etc., Lisboa, 2010, p.43.                                                                           «I have let things slip, […]

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Um ensaio (Literatura)

O silêncio de uma ferida se abrindo O texto que em seguida compartilho com vocês foi lido na última edição do Raias Poéticas, cujo tema da mesa, sugerido pelo Luís Serguilha, era: A literatura acontece em começos ininterruptos. Confesso que depois de mais de 20 anos de escolarização desenvolvi uma desobediência estratégica contra os problemas […]

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