Autores que cantaram o Douro (Ensaio, 1ª Parte, 1ª Secção)
Autores que cantaram o Douro (primeira parte, primeira secção) Na sequência de um passeio que fiz em terras do Douro — durante o verão de 2024 —, deitei-me à leitura de autores que o cantaram. Centrei-me nas suas obras de matriz duriense e agora os arrolo mediante a ordem de apresentação que segui no blogue […]
Autores que cantaram o Douro (Ensaio, 1ª Parte, 2ª Secção)
Autores que cantaram o Douro (primeira parte, segunda secção) L Lhodo i las Streilhas / O Lodo e as Estrelas é uma obra de Telmo Ferraz. A respetiva edição é bilingue, a tradução para o mirandês deve-se a Amadeu Ferreira, um cultor desse idioma.O padre Telmo Ferraz nasceu em Bruçó, concelho de Mogadouro, no ano […]
Autores que cantaram o Douro (Ensaio, 1ª Parte, 3ª Secção)
Autores que cantaram o Douro (primeira parte, terceira secção) Campos Monteiro (Torre de Moncorvo, 1876 – São Mamede de Infesta, 1934) foi médico, escritor, tradutor, deixou textos em várias publicações periódicas, exerceu cargos públicos. Revelou-se um autor polígrafo, a sua obra compreende poesia, prosa e peças de teatro. Ares da Minha Serra. Novelas Trasmontanas, de […]
Autores que cantaram o Douro (Ensaio, 1ª Parte, 4ª Secção)
Autores que cantaram o Douro (primeira parte, quarta secção) Eça de Queiroz (Póvoa de Varzim, 1845 – Neuilly-sur-Seine, 1900), figura de proa do beletrismo luso e o maioral dos prosadores realistas do nosso país, escreveu textos cativantes, deliciosos, que agradam mesmo àqueles que pouco se interessam por livros: é fácil apreciar a vertente satírica da […]
Um olhar pessoal: reflexões livres sobre poesia (Ensaio)
UM OLHAR PESSOAL Eduardo Lourenço foi provavelmente o primeiro a chamar-me poeta: e que perplexidade isso então fez brotar em mim! Ora, declarando-me à partida como poeta, sou algo «suspeito» na abordagem, pelo que em conformidade dou início à presente reflexão com esta chamada de atenção, reclamando a possível dose de perdão, ou pelo menos […]
Renovar a Língua é renovar o Mundo (Ensaio)
Em jeito de homenagem aos grandes criativos da nossa língua comum, João Guimarães Rosa, José Cândido de Carvalho e Mia Couto: RENOVAR A LÍNGUA É RENOVAR O MUNDO: BRINCRIANDO PALAVRAS Brincriando palavras, escrevivendo: Ideio, impesquisada, matatempo, extraordem, desastragadamente, orfandante, imesclada, raivanando, moscamurro, enfuriar, desalegria, invejantes, velhamente, sozinhidão, copoanheiros, combeber, despedidosa, embriagatinhava, sorrissoteiro,indevassava-se, esquisitâncias, coisinhiquezas, azafamoso, […]
Ruy Belo, leitor de longe: algumas proposições sobre poesia brasileira (Ensaio)
Ruy Belo, leitor de longe: algumas proposições sobre poesia brasileira Hugo Milhanas Machado “Aborreço os poetas que se lembram da nacionalidade quando fazem versos” MANUEL BANDEIRA Ao seu décimo quinto número, e por ocasião da dupla efeméride assinalada sobre as datas do nascimento e da morte do poeta português Ruy Belo (1933 e 1978, respectivamente) […]
Rosa Lobato de Faria: Romance de Cordélia (Ensaio)
Rosa Lobato de Faria: Romance de Cordélia – O Crime de Biofobia “Escrituras que não têm utilidade de lição, além de nelas se perder o tempo, que é a mais preciosa cousa da vida, barbarizam o engenho e enchem o entendimento de cisco, com a enxurrada dos feitos e ditos que trazem”. Os leitores que […]
A Poesia de Agustin Benelli (Ensaio)
Poesia chilena atual: Agustin Benelli, poeta de la luz Bioluminiscencia es el nombre que se da a la habilidad de algunos organismos para producir luz. Del Brillo animal de AgustinBenelli es un libro intenso, lleno de luz.con su lenguaje seco y lírico, sagrado, en el que siempre hay un hueco, un desliz inesperado, una sensualidad […]
As metáforas em Casa de Campo de José Donoso (Ensaio)
CASA DE CAMPO : As metáforas na abordagem narrativa de José Donoso* Trata-se de um livro denso dividido em duas partes, cada uma composta por sete capítulos. Envolvente no seu discurso inovador e trama exuberante, é tão transparente na prosódia, como intrincado na arquitectura da efabulação. Rompe com os cânones literários, sem perder a beleza […]
François Villon, o "poeta maldito" da Idade Média, evoca Paris (Ensaio)
Francois Villon, o “poeta maldito” da Idade Média, evoca Paris Nos últimos anos da Idade Média, um poeta como Eustache des Champs celebra galhardamente, numa balada intitulada “Paris”, os encantos da capital francesa. C ‘est la cité sur toutes couronnée Fontaine et puits de sens et de clergie Sur le fleuve de Seine située: Vignes, […]
A poesia do neo-realismo em Portugal (Ensaio)
A poesia do neo-realismo em Portugal Por Maria João Cantinho (i) É transparente como água que literatura não é política nem sociologia e que arte literária não é propaganda. Mas não é menos transparente que toda a obra literária – voluntária ou involuntariamente – exprime uma posição política e social e que toda ela faz […]
Desejo e Espiritualidade em La Parcela de Alejandro Simón Partal
La Parcela (Caballo de Troya, 2021) é a primeira incursão no romance de Alejandro Simón Partal, cuja obra poética obteve já, de entre as várias distinções, os Prémios Arcipreste de Hita (2017) e Hermanos Angensola (2019). Em termos de galardões, ao presente romance foi igualmente atribuido o Prémio Cálamo (2021). É doutorado em Filologia Hispânica […]
Literatura para Infância e Ideologia (Ensaio)
Literatura para a Infância e Ideologia É habitual nos livros destinados aos mais novos, depararmo-nos com um destinatário expresso, a criança ou o jovem, muitas vezes explicitamente definido pelo poeta ou narrador e outras vê-lo subentendido nas marcas específicas deixadas por inúmeras caraterísticas do texto, onde a adequação linguística, concretizada por vias múltiplas, adivinha um […]
A presença de Isadora Duncan na poesia de Graça Pires (ensaio)
Isadora(s) Ao contratar o barco [1903], Raymond explicou através de pantomima, e um pouco de grego antigo, que desejava que a nossa viagem, tanto quanto possível, se parecesse com a de Ulisses. (Isadora Duncan, A Minha Vida) Everything must be undone. (Isadora Duncan, “The Dance of the Greeks”; La Danse de l’avenir, p. 50) I […]
Poesia lírica e crítica literária (ensaio)
Insônia Tenho a impressão de que desenvolvemos no Brasil uma espécie de aversão à lírica. João Cabral tem um papel relevante nisso, sem dúvida. Assim como a poesia concreta, cujo significado nunca vai muito além do procedimento. A verdade é que Cabral terminou por ser mais ou menos onipresente, nas últimas décadas. Vi tantas vezes […]
Paraíso Perdido de John Milton: Uma Leitura
Paradise Lost, ou a estetização política da tradição o acto de conservar, de domar o tempo num espaço fechado, encontra-se umbilicalmente ligado à projecção utópica, interior, de um passado no tempo presente, ao reconhecimento do tempo futuro como uma constante emanação da origem a partir da qual se apreende a natureza humana. Paradise Lost, de […]
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