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Portugal
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A Luz Breve das Rosas de Teresa Alvarez ( Recensão)

A Luz Breve das Rosas de Teresa Alvarez Num único fôlego, se bem que repartido por três etapas, a autora traça-nos um percurso de vida que pode também ser lido como um testamento vital, percorrido por uma imagética pictórica, na maior parte das vezes, assumindo mesmo contornos de uma imagética fílmica, onde os sentidos – […]

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Um ensaio sobre a poesia de Inês Lourenço

                              SEM MUSA E SEM REDENÇÃO:                              A POESIA DE INÊS LOURENÇO                                                                                «Emudecer o afe[c]to português?                                                                               Amputar a consoante que anima                                                                                                        a vibração exa[cta]                                                                                                    do abraço, a urgência                                                                                      tá[c]til do beijo? Eu não nasci                                                                           nos Trópicos; preciso desta interna                                                                              consoante para iluminar a névoa                                                                                               do meu dile[c]to norte.»                            Inês Lourenço, in Coisas que nunca, & etc., Lisboa, 2010, p.43.                                                                           «I have let things slip, […]

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Um conto inédito

              Uma certa tensão sexual ou o parlapié do porco Há mais de quatro anos que não lanço um piropo. Desde que saiu aquela lei que proíbe um gajo de se meter com as miúdas. Nunca percebi qual é o problema, posso assegurar que a minha fraca criatividade nunca ofendeu ninguém. Sempre me limitei […]

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Dois poemas inéditos

AVISO 1. Alcancem o incenso branco [do nevoeiro do mar] que chega ao fim.Desnudem-se para que ao cair do dia, entrem, não desdenhem.(Aviso: Segurem as garrafas mesmo depois de beberem.Neste areal há sempre franjas arroxeadas, emaranhados, e mais parafernália. E a incerteza à sombra disso.)Triste? (Ouço a lamentação.Um outro amigo ri com um pé na […]

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Dois poemas inéditos 

a estante é, em si, umahistória: as tuas escolhas,os teus dedos sobre o brancoagora que é tudo acabado:levo os meus livros, despimosessa estante: uma nudezque não consigo encarar: fui eu, texto, que meservi de ti: da tuasubjetividade, dessa loucavontade de transformar imagens,emoções, em palavras:amaldiçoo-te por isto, porme quereres matar: na perspetivado texto, isto é: na […]

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Dois poemas inéditos 

COCAÍNA  eu podia ter arrancado aos jardins a falsa verdade. abrir a grade imersa  num saco de plástico pequenino onde guardavas três ou quatro filas de  coca. ajudar-te a penetrar as pregas de um escuro cristalino onde  marchava o argumento mais astuto.   viajante atrás de um mal de seda. memória doce de um traficante a […]

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Recensão de um livro de Hugo Milhanas Machado

Hugo Milhanas Machado: a meticulosa insurreição do verbo O mais recente livro de Hugo Milhanas Machado (Estrela Tambor, Editora Labirinto, 2020) acentua e homogeneíza alguns dos temas e dos procedimentos estilísticos suscetíveis já de ser encontrados em livros seus anteriores. Esta obra está dividida em duas secções: um, Estrela, que integra um grupo de quarenta […]

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Um ensaio (Filosofia Social e Política)

A Barreira Invisível Contágio, confinamento, covid, Sars-CoV2, RT, cerca sanitária, PCR, antigénio, et coetera. Ainda no primeiro trimestre de 2020 começamos a ser inundados por uma bateria de acrónimos e lexemas que, na sequência do surgimento do coronavírus, se foram multiplicando, insinuando e tomando conta do quotidiano à medida que os meses passavam. Digo surgimento […]

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Um poema inédito

//Posso parecer modesto no quererMas cuidaiÉ bem provável que seja apenasfingimentoQuero ser de estimação um osso— assim mesmoinvertido no sentidoQuero ver-me entre caninos alojadoe em saliva alheia redimido            Eu seiperdoai-me a insolência            Vós             a quem a minha insignificância             não é digna de qualquer metáforaperdoai-me também a existência— este delírio em forma de afrontamento Pesa sobre o que resta […]

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Dois poemas inéditos

dá-me de volta o amor, mesmo riscado e contaminado, dá-me o que importa, e o que não importa, o silêncio penhorado, e o musgo da sombra, que levaste no presépio da alegria, oh, dá-me o tempo das searas, e o pão que devíamos ter amassado, na poesia da nossa cama, dá-me a destreza de ter […]

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Dois poemas inéditos

o cansaço alonga-senas ruas da cidadeexilada sem rios para desaguara dorroça as paredes das casase espraia-se nos bancosdos jardins não há notícia das chuvasnem dos bandos de corposque mastigavam a sede sobrevivem meia dúzia de janelasindefesase os acenos da memória o último habitante feriu-sequando tentou escalaros dias a Ricardo Reis Mestre quando a guerra terminarfarei […]

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Recensão de um livro de Samuel Pimenta

As constelações existem para extinguir a solidão das estrelas. Samuel F. Pimenta  Samuel Pimenta regressa à poesia com Ascensão da Água, obra que recebeu o Prémio Literário Cidade de Almada em 2019 e que foi publicada pela editora Labirinto em 2020. Antes deste livro, havia publicado uma obra de ficção intitulada Iluminações de uma Mulher […]

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Recensão de um romance de Henrique Levy

Henrique Levy é licenciado em Língua e Cultura Portuguesa pela Faculdade de Letras de Lisboa, tem uma pós-graduação em Linguística Portuguesa e um Mestrado em Estudos Portugueses com uma tese sobre Florbela Espanca (1999). É poeta e romancista, cidadão português com nacionalidade cabo-verdiana e tem vivido em diversos países da Europa, Ásia, África e América. […]

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Dois poemas inéditos

Amadeu Baptista NÃO CAIAS Aguenta mal o mal que te fizeremE não dês parte de fraco se morderemA mão com que deste de comer e a ternuraQue de boa-fé foste entregando. Molha a sopa em tudo o que reveleA malsã condição de te destrataremSe deste a carne e os ossos te roeramE no fim nem […]

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