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Dois poemas inéditos
Por José Emílio-Nelson Publicado em Literatura, Poesia, Portugal a 12 de Janeiro, 2021 132 palavras
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AVISO

1.

Alcancem o incenso branco [do nevoeiro do mar] que chega ao fim.
Desnudem-se para que ao cair do dia, entrem, não desdenhem.
(Aviso: Segurem as garrafas mesmo depois de beberem.
Neste areal há sempre franjas arroxeadas, emaranhados, e mais parafernália. E a incerteza à sombra disso.)
Triste? (Ouço a lamentação.
Um outro amigo ri com um pé na espuma parda.)
E a fragrância do vinho? (Recorda que não lhes deu a contemplação crepuscular, antes engano.)

2.

Os tons das escamas, seco azul ceroso,
Olho de peixe morto, e o flagelo gritante
De tom rouco arrancado de águas fundíssimas
Nunca nos premeia com a luz faiscante pelos sóis
Que na vastidão se expandem.
(Não falta quem fotografe o fedo mar mercurial.
Ah! Já nada nos purga.)

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