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Poesia portuguesa
Por António Canteiro Publicado em Poesia, Portugal a 4 de Outubro, 2024 101 palavras
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A FORMA DO SILÊNCIO

A forma não se perdeu no forno
útero de pão
e palavras

Então que seja a cegueira a entrar na sílaba
e distenda a lenha
ao quente dos versos

Que fungos fermentem
e concebam o pão
intumescido no poema
Silêncio

i

n “O Sol Incendeia o Alarido das Cigarras”

*-*-*

GÂNDARA

                         (…) Cai em gotas,
                        das folhas
                        a manhã deslumbrada

                       CARLOS DE OLIVEIRA

A terra freme
farta de chuva

Uivam douradas dunas
na orgia do vento
ao sul

Imaculados corpos
dormem
sobre descampados

Arde ainda
o dia

Casa de adobo
na cinza
das palavras

in “Não Fosse o Tumulto de Um Corpo”


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