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247 artigos na categoria
Literatura
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Ficção portuguesa

Fragmentos do romance experimental Detergente 33. Já sei que estiveram por aqui a especular sobre a minha origem. Não, não sou clone de ninguém. É esta a minha originalidade: não ser cópia de ninguém e muito menos a fotocópia de um ser perdido no erro. O que se poderá colocar aqui é a questão de […]

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Poesia portuguesa

Cidade atemporalé lá que existesno nocturno vazioum homemestá de pétem nas asas na línguauma chama invioladauma cauda que varreas sementes a febre devagar sobe o orvalhoo suor corre à tonaalgas azuis nos cílios e um vestido de penas *-*-* são violinos ocultos sob a relva?são violinos ocultos?e sob a lua tecem o seu manto de […]

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Poesia mexicana atual

En ese muro está escrito el silencio Con toda la piel estoy gritando:soy tiempo haciéndose lejanía en una oscuridad cautivay caigo horizontalmente en menudos fragmentospara que la incertidumbre se cumpla.Soy sonido que se vuelve puro alientoy me planto entre los escombros del vértigocomo un relámpago en seco. Mis huesos son agua sin edady a mi […]

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Renovar a Língua é renovar o Mundo (Ensaio)

Em jeito de homenagem aos grandes criativos da nossa língua comum, João Guimarães Rosa, José Cândido de Carvalho e Mia Couto: RENOVAR A LÍNGUA É RENOVAR O MUNDO: BRINCRIANDO PALAVRAS Brincriando palavras, escrevivendo: Ideio, impesquisada, matatempo, extraordem, desastragadamente, orfandante, imesclada, raivanando, moscamurro, enfuriar, desalegria, invejantes, velhamente, sozinhidão, copoanheiros, combeber, despedidosa, embriagatinhava, sorrissoteiro,indevassava-se, esquisitâncias, coisinhiquezas, azafamoso, […]

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Poesia portuguesa

BEATAS A vida é como as beatas lançadas nas pedras do chãoUmas queimadasFumadas até ao filtroOutras deitadas fora, a meioInacabadasBeatas cheias de conversas marcadasComo batomSorrisos e segredosAlgumas crivadas de desesperosOutras de bocas que ficaram por beijarBeatas atiradas de madrugadaMolhadas de lágrimas e de salDe ressentimentoBeatas confessionárioBeatas cinzaBeatas oração. *-*-* PODCAST Nas varandas das casas escuta-se […]

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Poesia portuguesa

A FORMA DO SILÊNCIO A forma não se perdeu no fornoútero de pãoe palavras Então que seja a cegueira a entrar na sílabae distenda a lenhaao quente dos versos Que fungos fermenteme concebam o pãointumescido no poemaSilêncio i n “O Sol Incendeia o Alarido das Cigarras” *-*-* GÂNDARA A terra fremefarta de chuva Uivam douradas […]

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Poesia portuguesa

Ouvindo um além O som de fundo redivive outrosquando se entra no lagar.Dona Gracinda funileiradá experiências à norachora a água que delanão jorra. Ouvindo um além no estar prensandopensando que a cotovia era um poetaabriu-lhe a porta,ela não entrou nem fugiu, bailou versátilpoisou-se em quadrilátero de pedra. Depois de debicar água permitiu-se uma sarabandaà volta […]

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Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première partie): versão portuguesa, página 1.

Louise Dupré Os sonhos afogadosno fundo dos teus olhos acabam por regressar à superfícieno sal das lágrimas pequenos cadáveresbranqueadospelos anos que te despertamà noite quando pretendes dormirprofundamente é demasiado tardepara arrependimentos demasiado tardepara recuperar o tempoperdido as mulheres que habitaramo teu nome tu as abandonasteuma após outra com os seus vestidosfora de moda e eis-te […]

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Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première Partie). Versão portuguesa, página 2.

ainda consegues revolvero ar densodas ruas sem esperarconsolação já não tens idadepara rosas nem pássaros e não conseguirásreparar a tua alma nem a Terra nem o céuagora abandonado admite-ocomo uma evidência desenhadanas linhasda tua mão porque tu aprendes a lero que ninguém te quisensinar como se abremas narinas ante os perfumes de julho és uma […]

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Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première Partie). Versão portuguesa, página 3.

por vezes tu desejariasa amnésia mas escolheso sofrimento em vez de renunciarà agitaçãodo mundo o poema ressuscitadas palavrasassassinadas e planta cravosno infortúnio para o tornarsuportável o poema é uma oraçãosecreta uma noite que pretendefazer ouviras óperas do passado tu cantas desafinadaora mal ora numa lástima mas cantas porque de nada te servechoramingar mesmo que este […]

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Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première Partie). Original francês, página 1.

Louise Dupré Les rêves noyêsau fond de tes yeux finissent par remonterdans le sel des larmes petits cadavresblanchispar les ans qui te réveillentla nuit quand tu voudrais dormirde tout ton sommeil il est trop tardpour les regrets trop tardpou rattraper le tempsenfui les femmes qui ont habiteton nom tu les as quittéesl’une après l’autre dans […]

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Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première Partie). Original francês, página 2.

encore capable de remuerl’air étroitdes rues sans attendrede consolation tu n’as plus l’âgedes roses et des oiseaux et tu n’ arriveras pasà réparer ton âme ni la Terre ni le cielmaintenant abandonné tu l’admetstelle une évidence tatouéedans les lignesde ta main car tu apprends à lirece qu’ on n’a pas voulut’enseigner comme on ouvreses narines […]

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Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première Partie). Original francês, página 3.

tu souhaiterais parfoisl’amnésie mais tu choisisla souffrance plutôt que de renoncerà l’inquietudedu monde le poème ressuscitedes parolesassassinées il dépose des oeilletssur le malheur afin de le rendresupportable le poème est une prièresecrète une nuit que désirefaire entendreles opéras du passé tu chantes fauxet mal et misère mais tu chantes car rien ne sertde larmoyer même […]

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Revista Oresteia, Nº 13,  junho de 2024.

ÍNDICE 1.- A Poesia de Ana Marques Gastão:.2.- A Poesia de Rosa Alice Branco;.3.- A Poesia de Carlos Nuno Granja;.4.- Fragmentos de la publicación “a salto de mata” (2024)por Luís Leal;.5.- Ruy Belo, leitor de longe: algumas proposições sobrepoesia brasileira (Ensaio);por Hugo Milhanas Machado; 6.- A Poesia de Mary B. Tolusso;.7.- A Poesia de Maria […]

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Poesia portuguesa.

Laudes Obrigo um outro comboio desobedientea obedecer à luz. Respiro na espuma do in-movimentocomo Adão antes do primeiro passo.Só, silencioso, seria essa a imobilidade do Paraíso,gaiva de maçãs tombadas e ostentação Bastaria soltar a ideia, enrolá-la num lençol vazioe, rejeitando a rotina lacónica,esquecer o lodo e a grade, o verbo hipócritaa perseguição rebelde, matriz de […]

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Poesia portuguesa

O COPO DE HERÁCLITO Serão ainda teus os objectos sobre a mesa?A surpresa do pão, a evidência do lápis afiado,aquele fulgor de pássaro sobrevoando a camacoexistem sobre a mesa e eu perguntode quem são agora: o pão sempre frescoaparece às vezes coberto de bolor e ao amanhecera neblina esconde o rio que passa sob a […]

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Poesia portuguesa

Perder o rumo Perdi o rumo, ou a identidade de nada saber de mim,do que procuro dentro de mim, o mito fosco da realidade,a mentira fechada na ferida aberta. Corro atrás do meteorito,sonho ser a estrela que explode num universo paralelo,desfragmentado resisto à ebulição da matéria no vulcãoque lança as flechas de deus sobre a […]

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