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287 articles filed in
Literatura
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Poesia espanhola atual

LECCIÓN DEL RUISEÑOR 1. Clavícula que inclinas levementela postura del mundoy a mí, contigo en él. Clavícula, sostienesque la palabra frágilprotege por sí soladesde fuerael interiorde los cuerpos que aman: partículas que flotan inconscientes,amantes que comparten sin saberlosu huella dactilar. 2. Libélula que erizas al posartela superficie cálida del agua,pósate sobre mí. 3. Sé que […]

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Poesia portuguesa

Cadência imperfeita. Mandarei construir um jardim de inverno onde te esqueças de mim, ouvir-se-á o piar dos pavões e prometo não tornar a falar da rainha enlouquecida pela dor de perder o filho.Lugar habitado por tempo imóvel.Virgens tristes tocam pianos.Chás de Ceilão em chávenas de porcelana.Longas tardes de inverno assoladas pela demência febril do gelo […]

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Poesia brasileira atual

1. Teu corpo,o que ésenão o que pairasob os imensos ocasosque,hora ahora,desabamsem perceberes?A cada ano,tornando-teainda mais cansado…A cada ano,tua breve vidaanunciandoainda mais breve,ainda mais próxima,a partida…Mas levantas como um apóstolo do caos,embora não tenhas fénem nada próximo a isto…Levantas,comes o que os dias ofereceme, com um irresistível sono,assistes aos avanços e retrocessosa que os homens […]

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Poesia portuguesa

Convicção Funda é a raiz do mar. Séria é a bondadeem cada movimentovisível ou discreto,concreto ou abstracto! *-*-* Presságio Todos os navios voamHá várias formas de andarQuando é por fim encontradoO mel do salE é pelas mãos fabricado o gelDe fixar certezas Vai, não olhes para trás!Quando é preciso voarAsas surgem de algum lugar! Pode […]

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O Menino do Elefante de Luís Filipe Sarmento (Recensão)

«O MENINO DO ELEFANTE» de LUÍS FILIPE SARMENTO A capacidade de memória dos elefantes, celebrada pela tradição e confirmada pela ciência, aproxima-nos desses grandes paquidermes e, talvez por isso, eles nos pareçam tão familiares, que protagonizam mil e uma histórias tradicionais, contos infantis, romances, filmes, sempre transportando uma ideia de suave espessura, infantil travessura, reflexão, […]

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Poesia portuguesa

Despertar Não a lembrar nem esperarmas despertar ao vê-lae deixar-me de mim quando viesse *-*-* À transparência Adensa-se o fulgor na luz à transparênciaque se perdia no teu olhar que repetianão pode não ser nunca só pode ser a enchente Não me vês ver-te vir para me veres vir? *-*-* Transmutações Incessante vaivém no rasto […]

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Poesia portuguesa

Distâncias O cabelo longo caía nas ondasE no solOlhar doirado.Esplendia. Os rapazes ferviam na areia preta.Tornavam-se cavalos na água atlântica. O pente repunha a lisura do cabeloHirto pelo sal.As mãos entrançavam os fiosOu deixavam-nos flutuarAo ventinho marítimoQueNão arrefecia a chama do verão. A saia curta de algodão (tão longe ainda as de seda)Ornava ínfima e […]

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Poesia e Espiritualidade

Reflexões (1) 2. Li no livro “Palavra e silêncio” do ensaísta George Steiner uma ideia que achei interessante: A palavra é o núcleo essencial da relação insubmissa do poeta com o Criador. O poeta cria palavras e cria com palavras. Há assim, ao mesmo tempo uma rivalidade e uma aproximação do poeta com Deus. Talvez […]

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Poesia francesa do século XIX

Outono Salvé! bosques coroados com restos de verde!Folhas amarelecidas nos esparsos relvados!Salvé, últimos dias agradáveis! O luto da naturezaAdequa-se à melancolia e agrada ao meu olhar! Prossigo, qual sonhador, o caminho solitário,Pretendo rever ainda, pela última vez,Esse pálido sol, cuja luz ténueMal trespassa, a meus pés, a obscuridade dos bosques! Sim, nesses dias de outono […]

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A Luz Breve das Rosas de Teresa Alvarez ( Recensão)

A Luz Breve das Rosas de Teresa Alvarez Num único fôlego, se bem que repartido por três etapas, a autora traça-nos um percurso de vida que pode também ser lido como um testamento vital, percorrido por uma imagética pictórica, na maior parte das vezes, assumindo mesmo contornos de uma imagética fílmica, onde os sentidos – […]

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Poesia portuguesa

JACARANDÁS DE ANGOLA É nas ruas de Lisboa que o tempo galgamuros, mergulha em perfume eufórico deloucura azul-violeta, quase roxa, como aflor do jacarandá no dia embaciando sobreum tímido clarão de ocasos longínquos. É nas ruas de Lisboa, nas calçadas íngremes,que o vento afina nota de outras ruas, praças,alamedas róseas, brancas, aniladas,ateando esquivo entusiasmo, meio […]

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Poesia brasileira atual

CENÁRIO As mulheres penteavam os cabelos das crianças,os homens olhavam, com falsa indiferença, pela janela,os campos onde o feno lentamente evaporava –o tempo parecia um intervalo onde a vida aconteciaentre prosas extenuantes e poemas onipresentes. Nenhum gesto fora de hora empanava o cenário,nenhuma voz levantava as cortinas da saladesvendando os vidros translúcidos da aurora. O […]

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Poesia romena atual

Estás aproximando-te! I Olha, um novo domacrescentou-se hojeao teu (des)conhecimento. Não sabes, nem queressequer saberque acerca de ti nada sabes. Para onde se retirou o brilhodas sedutoras vaidades?Onde estão os luminosos perfumesdo nada? Estás aproximando-te, amigo,do conhecimentodo teu próprio desconhecimento! II Lembras-tedas noites de insónia,de outrora,quando a alvorada despontavae tu te assustavascom o que pensavas […]

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Revista Oresteia, Nº 15 - abril de 2025.

ÍNDICE Págs. 1 – 10. Figurações da Subjetividade na Filmografia de André Téchiné (Ensaio) por Victor Oliveira Meteus; Pg. 11 – A Poesia de Gaelle Istanbul; Pg. 12 – Adepto da Bisca (Conto) de Pedro Almeida Maia; Pg. 13 – A Poesia de José Pedro Leite; Pg. 14 – Cédula do Mundo de Izidro Alves […]

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Poesia portuguesa

Falar aos muros * O traçado do labirinto  a sete voltas: (quantas memórias       largada a memória) No vale um leopardo intui a lua  o fim da linha    a prata das margens  e daí nasce a língua  O que lhe dá a força de uma fome. * Referência a “Je Parle aux Murs”, de […]

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Adepto da Bisca (Conto)

ADEPTO DA BISCA Jecas era um fiel adepto da bisca, sempre ansioso pelas jogatanas de sexta-feira no salão do clube desportivo. Há dois anos que as apostas eram a feijões, mas naquela noite o grupo reunira-se na sua cave e alguém puxou de uma nota de cinquenta. Os ânimos alteraram-se. Desviando o cabelo da frente […]

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Poesia portuguesa

e havia mulheres imperecíveisenganando o abismo podre do tempocomungando cada filamento verde da memóriacom matas na orla dos olhos e dos cabelose hibiscos de sombra e de espermae plantas de sementes desnudasarranhando o solo mulheres-tíliasfazendo da oquidão sua força secretíssimamulheres-solenes e náuticas hospedarias de ventocom cargas nucleares intransponíveisamarradas à dura proeminência das ancasmulheres de grávidas […]

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