Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première partie): versão portuguesa, página 1.
Louise Dupré Os sonhos afogadosno fundo dos teus olhos acabam por regressar à superfícieno sal das lágrimas pequenos cadáveresbranqueadospelos anos que te despertamà noite quando pretendes dormirprofundamente é demasiado tardepara arrependimentos demasiado tardepara recuperar o tempoperdido as mulheres que habitaramo teu nome tu as abandonasteuma após outra com os seus vestidosfora de moda e eis-te […]
Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première Partie). Versão portuguesa, página 2.
ainda consegues revolvero ar densodas ruas sem esperarconsolação já não tens idadepara rosas nem pássaros e não conseguirásreparar a tua alma nem a Terra nem o céuagora abandonado admite-ocomo uma evidência desenhadanas linhasda tua mão porque tu aprendes a lero que ninguém te quisensinar como se abremas narinas ante os perfumes de julho és uma […]
Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première Partie). Versão portuguesa, página 3.
por vezes tu desejariasa amnésia mas escolheso sofrimento em vez de renunciarà agitaçãodo mundo o poema ressuscitadas palavrasassassinadas e planta cravosno infortúnio para o tornarsuportável o poema é uma oraçãosecreta uma noite que pretendefazer ouviras óperas do passado tu cantas desafinadaora mal ora numa lástima mas cantas porque de nada te servechoramingar mesmo que este […]
Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première Partie). Original francês, página 1.
Louise Dupré Les rêves noyêsau fond de tes yeux finissent par remonterdans le sel des larmes petits cadavresblanchispar les ans qui te réveillentla nuit quand tu voudrais dormirde tout ton sommeil il est trop tardpour les regrets trop tardpou rattraper le tempsenfui les femmes qui ont habiteton nom tu les as quittéesl’une après l’autre dans […]
Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première Partie). Original francês, página 2.
encore capable de remuerl’air étroitdes rues sans attendrede consolation tu n’as plus l’âgedes roses et des oiseaux et tu n’ arriveras pasà réparer ton âme ni la Terre ni le cielmaintenant abandonné tu l’admetstelle une évidence tatouéedans les lignesde ta main car tu apprends à lirece qu’ on n’a pas voulut’enseigner comme on ouvreses narines […]
Poesia atual do Quebec: Exercices de joie (1, Première Partie). Original francês, página 3.
tu souhaiterais parfoisl’amnésie mais tu choisisla souffrance plutôt que de renoncerà l’inquietudedu monde le poème ressuscitedes parolesassassinées il dépose des oeilletssur le malheur afin de le rendresupportable le poème est une prièresecrète une nuit que désirefaire entendreles opéras du passé tu chantes fauxet mal et misère mais tu chantes car rien ne sertde larmoyer même […]
il neige - inventaire des absences (publicação bilingue: versão em português)
neva – inventário de ausências por vezes é agradávelpor vezes referimos esse facto é agradável para aquela que lá está insiste-se lembra-teum céu muito escuro ou talvez neve parece que sou eu eu murmura elao meu medo aos saltos face a esta constelação de covasuma sílaba, mas depois faltavam outraso meu medo – vigília ensurdecedora […]
il neige - inventaire des absences (publicação bilingue: versão em francês)
il neige – inventaire des absences parfois c’est douxparfois on mentionne ce fait c’est doux à celle qui est là on insiste rapelle-toiUn ciel três noir ou bien il neige il paraît que c’est moi moi murmure-t-ellema peur par bonds face à cette constellation de fossesune syllabe, puis d’autres manquaientma peur – vigile tonnant – […]
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