Covil da fera
Queria ser estrela
mais alto
na desmesura do espaço
queria ser excesso
e tocar a luz
Saber de mim
o que em mim amordaço
se inventa e desespera
A encobrir no peito
o covil da fera
Rigor
De ti sei a raiz
do sentimento
o lugar do rigor
rasgando a alma
entre aquilo que és
e não o sendo
no turvado olhar
Nunca se acalma
Percorro solitária
o meu invento
e se à razão tu cedes
Eu arrisco
Ao destino retiro
o ferro da paixão
mas ao fogo do corpo
Não resisto