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Poemas de Teresa Alvarez
Por Teresa Alvarez Publicado em Literatura a 3 de Junho, 2021 157 palavras
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Eu queria tanto Mãe,

Que voltássemos aos lugares do costume.

Sinto-me só na tua solidão.

Volta, para eu voltar para mim.

E quando à noite gritas ladainhas

eu deito-me ao teu lado e

canto uma cantiga de embalar.

Aconchegas-te a mim

Sorris.

E sei que adormeceste.

 

 

Ainda há pouco saíste pela porta, vestida do avesso,

e te perdeste nesse labirinto e me perdi a procurar-te

de lanterna na mão, a pedir a Nossa Senhora dos Caminhos

que não te falte nunca o regresso para casa.

Beijo-te as mãos

levo-te para dentro.

 

 

Vem que é na casa que te espero.

Vem que é na casa

que espero que não chegues

porque me começa a pesar, o peso disto tudo.

 

(…)

 

Por agora,

vais apagando o olhar

e adormeces usada e gasta encostada ao meu peito

e eu sei, Mãe,

que não regressarás nunca mais.


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